quinta-feira, 31 de maio de 2012

Saber congelar e descongelar os alimentos facilita e muito a sua vida!

Olá, pessoal! Tudo bem? Nessa nossa correria do dia a dia muitas vezes falta tempo para cozinhar e com isso aumentamos o consumo de alimentos rápidos e pouco saudáveis...Que tal tirar um dia ou algumas horas para preparar os alimentos, dividi-los em porções e congelar? Seria uma ótima alternativa para comer melhor e ainda aproveitar o pouco tempo livre com a família! Mas para isso precisamos aprender técnicas para não perder a qualidade do alimento...Então, vamos lá!


Lição importante e essencial: Procure não recongelar nenhum tipo de alimento, para não perder o sabor e as qualidades nutricionais. O produto só poderá ser recongelado se mudar de estado, ou seja, deixar de ser cru e for cozido. No congelamento, as características da comida crua ou cozida não são alteradas, desde que ela seja armazenada da forma correta.

Fatores a observar- Forma e tempo de congelamento
- Quantidade armazenada
- Tipo de embalagem
- Etiquetagem do produto (nome, validade e data de congelamento)




Dicas de congelamento- Congele tudo absolutamente frio
- Dê prioridade aos alimentos que estragam mais rápido
- Embrulhe bem os alimentos para não desidratarem e retire o máximo de ar dos pacotes
- Prepare tudo com menos tempero, pois alguns condimentos ficam mais acentuados ou alteram o paladar do prato congelado. Exemplos: manjericão, noz-moscada, sal, alho, cebola, páprica, aipo, azeitonas, mostarda e baunilha
- Não exceda o tempo no fogo antes do congelamento, já que a comida será aquecida novamente após descongelada
- Fracione os alimentos nas quantidades a serem consumidas
- Feijões e afins devem ser cobertos com água ou caldo de cozimento (sem chegar à borda), para deixar espaço para a dilatação
- Folhas como espinafre, almeirão e couve devem ser congeladas após refogadas





Processo de branqueamento

Serve para conservar as características originais dos alimentos.

Lave o legume e retire as partes que não estiverem boas. Em seguida, coloque água em uma panela grande sem tampa e, quando estiver borbulhando, mergulhe a verdura por 15 a 35 segundos, dependendo do tipo.

Logo após o processo, mergulhe o alimento na água gelada, pelo mesmo tempo. São 15 segundos para: abóbora, abobrinha, alcachofra, berinjela, beterraba, vagem, cenoura e pimentão. E 35 segundos para: aipo, cenoura, couve-flor, ervilha, salsão e brócolis.


Prazo de validade dos alimentos no congelador/freezer:

- Carne bovina sem gordura: 9 a 12 meses

- Carne bovina com gordura: 2 meses

- Frango: 12 meses

- Lula, camarão, lagosta, marisco, mexilhão e filé de peixe em posta: 3 meses

- Carne de porco fresca: 6 meses

- Linguiça e salsicha: 2 meses

- Bacon: 2 meses

- Presunto e tender: 4 meses

- Hambúrguer: 3 meses

- Aves: 3 meses

- Frutas: 8 a 12 meses

- Vegetais: 8 a 12 meses


Atenção! Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), os fabricantes garantem a qualidade dos produtos até a data de validade impressa na embalagem, independentemente do congelamento.


Carnes

A carne moída, quando congelada, forma cristais de gelo por dentro. Essa água pode prejudicar a qualidade do alimento, que perde o pigmento vermelho e propicia a formação de bactérias.
Deixe a carne moída em formatos finos antes de congelá-la. Pegue uma porção e amasse como se fosse um bife. A técnica facilita o descongelamento e ainda ocupa menos espaço.
Não tempere carnes cruas, pois o tempero altera a cor, o sabor e a textura. As carnes devem ser limpas e as partes não comestíveis, como a gordura excedente, retiradas.
Nunca dobre as carnes. Guarde-as em pequenas porções para evitar a formação de cristais de gelo. Prefira congelar filés separados.Carnes assadas podem ser congeladas inteiras ou fatiadas. O molho deve ficar à parte no caso de peças inteiras assadas. Almôndegas podem ser congeladas fritas, com ou sem molho. Bifes à milanesa podem ir para o congelador empanados e serem descongelados direto na fritura ou no forno. Filés à parmegiana podem ser congelados em fôrmas descartáveis de alumínio.
Massas

As massas cozidas devem ser congeladas com bastante molho ou passadas na manteiga. Capeletti, ravioli, canelone e macarrão podem ser congelados no mesmo recipiente refratário onde serão servidos. O nhoque não deve ser congelado com o molho.
No caso de tortas cruas, congele e retire do freezer direto para assar, em forno médio. Tortas salgadas podem ser congeladas no próprio refratário ou na fôrma descartável em que foram assadas. Descongele diretamente no forno.
O que não congelar?
- Maionese: porque o óleo se separa dos demais ingredientes
- Gelatina pronta: cristaliza-se
- Folhas verdes e tomate crus: alteram as propriedades
- Batata e outros tubérculos (menos mandioca): perdem o sabor e a textura
- Ovos cozidos ou crus com casca: a gema fica granulada
- Vegetais que serão usados crus: desidratam e mudam a textura original
- Manjares e pudins à base de amido de milho: alteram as propriedades
- Carne salgada ou defumada: altera as propriedades
- Creme de leite, doces caramelizados, leite fresco, iogurte, picles, pudim de clara ou leite condensado e curau: alteram as propriedades
Bjs

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Para emagrecer é preciso aderir ao tratamento e manter a motivação

Olá, pessoal!

Sabemos que emagrecer não é fácil, afinal mudar hábitos diários exige esforço, dedicação e comprometimento. Além de tudo isso, emagrecer e muito mais que reeducação alimentar, mas também reeducação emocional.
Todo mundo sabe da máxima: gastar mais calorias do que consumir. Alcançar tal meta, entretanto, não é nada simples e alguns fatores são fundamentais para que se alcance o sucesso.

Um passo importante para quem quer começar essa empreitada é procurar profissionais habilitados, como uma nutricionista, um psicólogo e um educador físico. 


Não faltam no mercado, nas revistas e na internet sugestões e produtos que prometem o emagrecimento fácil, mas sabemos que eles não são efetivos e podem levar ao efeito sanfona ou ao surgimento de transtornos alimentares...

O ser humano sempre procurou atribuir a responsabilidade pelos acontecimentos a outros fatores, independentes a ele próprio... Quando realmente decidimos perder peso de forma adequada, além dos profissionais citados, é necessário mudar comportamentos e isso implica em comprometimento com o desejo de mudança e consigo mesmo.

A adesão ao programa de dieta refere-se à responsabilidade individual sobre a resolução de seus problemas. E ainda à tomada de decisões sobre a mudança dos hábitos alimentares.

A motivação refere-se às escolhas e preferências destinadas ao objetivo final. E a persistência neste novo comportamento. A motivação pode ser divida em intrínseca e extrínseca.

A motivação intrínseca surge da pessoa, faz parte de seus desejos, necessidades, metas e objetivos. A motivação extrínseca pode atuar de forma positiva ou negativa na mudança de comportamento. Os fatores positivos envolvem o suporte familiar, o prazer e as até mesmo recompensas. Os negativos podem ocorrer em ocasiões sociais (quando existe uma variedade de alimentos e bebidas), falta de apoio familiar e de amigos.

O que jamais podemos esquecer é que quando pensamos em emagrecimento e manutenção do novo peso, devemos nos conscientizar de que não basta apenas a nossa vontade de emagrecer ou pensar em um estilo de vida mais saudável. Devemos rever todo um conceito de vida. 

Pare, organize-se...Se questione. O que quero fazer com a minha vida? Por que quero perder peso e ter uma vida mais saudável? O que o excesso de peso faz com a minha vida? 

Cuide-se que o tempo está passando!
Beijos! 


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Cirurgia bariátrica


Olá, pessoal! Como foram de feriado? Espero que bem! Estamos de volta e hoje vamos falar sobre as cirurgias bariátricas em metabólicas, também chamadas de cirurgia da obesidade! O post é longo, mas vale muito a pena ler e se informar!


A cirurgia bariátrica e metabólica – também conhecida como cirurgia da obesidade, ou, popularmente, redução de estômago – reúne técnicas destinadas ao tratamento da obesidade e das doenças associadas ao excesso de gordura corporal ou agravadas por ele. O conceito metabólico foi incorporado há cerca de seis anos pela importância que a cirurgia adquiriu no tratamento de doenças causadas, agravadas ou cujo tratamento/controle é dificultado pelo excesso de peso ou facilitado pela perda de peso – como o diabetes e a hipertensão –, também chamadas de comorbidades.

A primeira recomendação para o tratamento da obesidade é a adoção de hábitos saudáveis, como dieta leve e exercícios físicos regulares. Em seguida, tenta-se controlar a doença por meio de remédios, os conhecidos emagrecedores. Quando o médico e o paciente se convencem de que se esgotou a tentativa de tratar a obesidade exclusivamente pela mudança do estilo de vida, uma das alternativas mais eficazes é recorrer à cirurgia bariátrica e metabólica. 

As cirurgias diferenciam-se pelo mecanismo de funcionamento. Existem três procedimentos básicos da cirurgia bariátrica e metabólica, que podem ser feitos pela modo tradicional (abrindo o abdômen) ou por videolaparoscopia (menos invasiva e mais confortável ao paciente):

• restritivos – que diminuem a quantidade de alimentos que o estômago é capaz de comportar.

• disabsortivos – que reduzem a capacidade de absorção do intestino.

• técnicas mistas – com pequeno grau de restrição e desvio curto do intestino com discreta má absorção de alimentos.


Quem pode fazer?

A indicação cirúrgica deve ser decidida sob a análise de três critérios: IMC, idade e tempo da doença.

Em relação ao índice de massa corpórea (IMC)

• IMC acima de 40 kg/m² , independentemente da presença de comorbidades (como o diabetes e a hipertensão) .

• IMC entre 35 e 40 kg/m² na presença de comorbidades.

• IMC entre 30 e 35 kg/m² na presença de comorbidades que tenham obrigatoriamente a classificação “grave” por um médico especialista na respectiva área da doença. É também obrigatória a constatação de “intratabilidade clínica da obesidade” por um endocrinologista.

Em relação à idade

• Abaixo de 16 anos: exceto em caso de síndrome genética, quando a indicação é unânime, o Consenso Bariátrico recomenda que, nessa faixa etária, os riscos sejam avaliados por cirurgião e equipe multidisciplinar. A operação deve ser consentida pela família ou responsável legal e estes devem acompanhar o paciente no período de recuperação.

• Entre 16 e 18 anos: sempre que houver indicação e consenso entre a família ou o responsável pelo paciente e a equipe multidisciplinar.

• Entre 18 e 65 anos: sem restrições quanto à idade.

• Acima de 65 anos: avaliação individual pela equipe multidisciplinar, considerando risco cirúrgico, presença de comorbidades, expectativa de vida e benefícios do emagrecimento.

Em relação ao tempo da doença

Apresentar IMC e comorbidades em faixa de risco há pelo menos dois anos e ter realizado tratamentos convencionais (dieta, exercícios, medicamentos) prévios sem sucesso ou com recidiva do peso.

Por que fazer?

Os benefícios da cirurgia bariátrica e metabólica são perda de peso, remissão das doenças associadas à obesidade (como diabetes e hipertensão), diminuição do risco de mortalidade, aumento da longevidade e melhoria na qualidade de vida. Os riscos são os mesmos de outras cirurgias abdominais. Por essa razão, deve ser feita em hospital com estrutura adequada e por médicos associados à Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica que pratiquem os procedimentos regulamentados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Pré-operatório

• Nessa fase, que otimiza a segurança e os resultados da cirurgia, solicita-se ao paciente que se esforce para perder um pouco de peso antes da cirurgia, pois alguns quilos a menos podem oferecer melhores condições à anestesia geral e à operação. Também é obrigatório o preenchimento do documento Consentimento Informado, no qual o paciente reconhece estar devidamente informado sobre os benefícios e riscos da cirurgia. O paciente deve realizar uma série de exames, como endoscopia digestiva, ultrassom abdominal e exames laboratoriais, além de passar em consulta com os profissionais obrigatórios: cirurgião, cardiologista, psiquiatra, psicólogo e nutricionista.

Cuidados recomendados

Acompanhamento nutricional

O nutricionista tem papel fundamental no acompanhamento do paciente rumo à cura da obesidade. Esse profissional deverá prestar toda a orientação necessária para a dieta líquida pós-operatória, sua evolução para a pastosa e, finalmente, sua transição definitiva para a alimentação normal.
O paciente deverá aprender a comer pouco e bem, várias vezes ao dia, e optar por alimentos pouco calóricos e com alto teor vitamínico, abandonando hábitos nocivos.

A reeducação alimentar ajudará não só a perder peso, mas também a mantê-lo em patamares adequados por toda a vida. O paciente não está proibido de consumir doces, refrigerantes ou outras guloseimas de vez em quando, porém esses alimentos não devem fazer parte de sua rotina e a quantidade deve ser controlada.

Acompanhamento psicológico

O foco do acompanhamento psicológico deve ser sempre preventivo e educativo. É necessário considerar o aparecimento de novos fatores de estresse, como ansiedade, ciúmes do parceiro, desejo de liberdade etc., após a cirurgia. Além disso, o paciente pode criar expectativas que não serão atingidas com a perda de peso, simplesmente porque dizem respeito a certas frustrações ou imaturidade diante da vida.

Fonte (com adaptações):  http://www.sbcb.org.br/default.asp 

Beijos! :-)