quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Distúrbio alimentar: adulto com paladar infantil

Olá, pessoal, quanto tempo! Eu, como todos, sempre na rotina corrida! Hoje vim falar com vocês sobre um assunto no qual tenho observado com certa frequência, que são os adultos com paladar infantil. Antigamente se achava que apenas as crianças implicavam com determinados alimentos e preferiam comidas como pizza, batata frita e chocolate. Mas, nos últimos anos, pesquisadores perceberam que muitos adultos mantêm hábitos considerados infantis na hora que se sentam à mesa.

A antipatia a certos grupos de alimentos tem sido tratada por estudiosos de universidades americanas e canadenses como um distúrbio alimentar similar à bulimia e anorexia, que se caracteriza pela antipatia por certos grupos de alimentos, geralmente vegetais, frutas, alimentos desconhecidos ou temperos fortes. Essas pessoas são comumente apelidadas de “chatas para comer” ou “picky eaters“, mas na realidade possuiriam o chamado “paladar infantil”.

 Ao contrário de pessoas com anorexia ou bulimia, os “picky eaters” não parecem fazer escolhas alimentares baseados na quantidade de calorias. Eles não são necessariamente magros ou obcecados com a forma do corpo. Os pesquisadores não sabem ainda o que impulsiona o comportamento, mas eles dizem que as texturas e o cheiro podem explicar a dieta limitada.



 Casos extremos demostram sinais de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC): pessoas que consomem apenas comidas de uma determinada cor (só se alimentam de pães, queijos e massas, por exemplo); pessoas com aversão a alimentos verdes (rejeitam todas as folhas e até mesmo limões); e pessoas que retiram completamente de seus cardápios alguns alimentos fundamentais para o bom funcionamento do organismo, como frutas.

A alimentação dos “picky eaters” é tão limitada que pode interferir nos relacionamentos sociais e profissionais, pois eles passam a recusar convites para jantar com os amigos ou jantares e almoços profissionais.



 O mais importante é descobrir se realmente existe um problema – social e/ou de saúde – e reconhecê-lo. O acompanhamento psicológico pode ajudar caso a pessoa não tenha força de vontade suficiente para mudar por conta própria. Além disso, se realmente houver interesse em mudar para um cardápio mais saudável, a pessoa deve “se forçar” a comer até desenvolver tolerância ao paladar e eventualmente passar a gostar da comida que antes não comia. Caso a força de vontade não seja suficiente, pode-se recorrer a técnicas comportamentais como o pareamento: a cada porção de algo que não é tolerado, come-se algo agradável ao seu paladar. Aos poucos isso pode ajudar a criar a tolerância.



 Fontes: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,adultos-com-paladar-de-crianca-intrigam-cientistas,582784,0.htm
http://papodegordo.com.br/2010/09/13/adultos-com-paladar-infantil/