terça-feira, 24 de junho de 2014

O suíno deixou, há muito tempo, de ser porco!

Olá, seguidores, hoje vim compartilhar com vocês uma matéria publicada pela Sociedade Nacional de Agricultura (com citações -em laranja- da Carne Suína Brasileira) e que achei muito interessante e esclarecedora! A matéria desfaz alguns mitos enraizados na nossa sociedade e amplia as opções para nosso cardápio!

A carne suína ainda é vista com reserva, principalmente porque muitos consumidores acreditam que ela contém muita gordura e, como consequência, faria mal à saúde. O fato é que, com o tempo, os consumidores têm tido mais acesso à informação e, além disso, a criação destes animais no Brasil vem se aprimorando graças ao emprego de novas tecnologias, avanços da genética e maior controle sanitário, principalmente a partir da década de 1980. Por meio de seleção genética (escolha de raças que produzem mais carne e menos banha) e da alimentação adequada, os animais hoje produzem mais carne magra e bem menos banha.
A carne, em geral, perdeu 10% de colesterol, 14% de calorias e 31% da gordura, desde então. Por isso, ela pode, sim, ser muito saudável e saborosa. É o que assegura Rui Eduardo Saldanha Vargas, vice-presidente da Divisão de Suínos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

“Ainda existe certo temor em relação à carne suína, por ela ainda carregar um estigma de que pode provocar cardiopatias, o que é um mito. Hoje, a produção brasileira ganhou com a tecnologia e respeita as condições de higiene. Por isso, costumamos dizer que o suíno deixou, há muito tempo, de ser porco”, ressalta Vargas.


“O controle sanitário nas granjas tem sido cada vez mais rigoroso. Os animais não têm contato com a terra, porque são criados em sistema de confinamento. Há três décadas não registramos, por exemplo, casos de cisticercose (doença causada pela larva da Taenia solium)”, destaca.

Para tanto, ele orienta os consumidores a comprarem o produto que tenha origem garantida.
“Como qualquer outra carne, se o consumidor adquirir o produto clandestino, pode colocar em risco sua saúde.”

Dados da ABPA apontam que os teores médios de gordura em cortes como pernil, lombo e bisteca (entre 8 e 11,1 gramas por 100 gramas) estão bem perto daqueles observados na carne de frango (coxa com e sem pele, entre 5 e 10g/100 g) e na bovina (entre 5,7 e 14,7g/100g para patinho e picanha, respectivamente). Os cortes considerados magros são lombo, filé mignon, pernil e os cortes de desossa do pernil, como coxão duro, coxão mole, patinho e lagarto.

“Ainda precisamos ampliar a oferta de suíno para o mercado final, de forma que a carne seja mais competitiva em relação ao preço, hoje considerado um dos entraves para o aumento do consumo no Brasil.”

Quanto ao colesterol, Vargas atesta que em 100 gramas de carne – como a bisteca e o lombo suínos – estão presentes cerca de 56mg de colesterol. A quantidade recomendada por organismos internacionais para um consumo saudável é de 250 miligramas de colesterol por dia.




Os avanços da genética, por meio do cruzamento e seleção de suínos mais saudáveis, propiciaram que o percentual da parte magra subisse de 50%, antes dos anos 1980, para os atuais 58% a 62%. Além disso, este tipo de produto, confirma Vargas, tem 65% de gorduras insaturadas (as “desejáveis”) e 35% de saturadas (as “indesejáveis”). O alimento também é rico em ácido linoléico, que neutraliza os efeitos ruins do ácido palmítico, que é uma gordura indesejada. É uma excelente fonte de vitaminas do complexo B, principalmente B12 presente exclusivamente em produtos de origem animal, ferro, zinco, potássio e vitamina A.A carne suína tem o dobro de ferro da carne de frango!

CONSUMO

No Brasil, o consumo por habitante por ano é de 15 quilos.
“Há 20 anos, o consumo era de oito quilos. Hoje, 8% de toda a carne comprada por outros países vêm do nosso País. Exportamos para 70 nações e o número poderia ser maior, mas temos uma produção ajustada por causa do consumo interno, que aumentou bastante nas últimas décadas”, afirma Vargas.
De acordo com o vice-presidente da divisão de suínos da ABPA, para elevar o consumo no País, a instituição tem desenvolvido campanhas e enquetes junto ao consumidor final.
“Fizemos recentemente uma enquete que apontou a dificuldade de se preparar a carne no dia a dia. Por isso, temos trabalhado nessas alternativas culinárias”, ressalta.
“Precisamos também atender a demanda daqueles consumidores que preferem a comida de fácil preparo, com pratos e cortes já prontos para cozinhar”, salienta.
Com novas campanhas de incentivo, segundo Vargas, a intenção da ABPA é aumentar o consumo da carne suína dos atuais 15 quilos para 17, 18 quilos por habitante por ano. O consumo moderado de carne suína, principalmente dos cortes magros, pode se constituir em uma forma de combater a excessiva ingestão de alimentos ricos em carboidratos simples: excesso de açúcar e amido refinado na alimentação que contribui para o aumento da intolerância à glicose, diminui o consumo de alimentos ricos em nutrientes e favorece o acúmulo de gordura corporal na região abdominal. Consumir cortes magros com maior freqüência, cozidos ou assados, mas evitando o calor excessivo (a tostadura das carnes) e reduzindo o consumo de produtos que contenham alta quantidade de nitratos e nitritos, como os embutidos.
ABPA DESFAZ MITOS

Mito: Carne suína é uma carne gorda.
Fato:
Na verdade, há nada menos que 7 cortes de carne suína que têm menos gordura que o peito de frango sem pele e 15 cortes aprovados pelo Nacional Heart Foundation.

Mito: Carne suína é seca e sem sabor.
Fato:
A carne suína atinge sua máxima suculência e sabor quando cozida deixando seu meio levemente rosado. A carne suína pode ficar seca quando cozida além do ponto, muito bem passada, portanto, lembre-se, se você quer aproveitar sua carne suína suculenta e macia, menos é mais! Um pouco menos de tempo de cozimento significa muito mais suculência! Tente cozinhar a carne suína como você normalmente faria com a carne bovina.

Mito: A carne suína deve ser sempre muito bem passada.
Fato:
Muitas pessoas acreditam que a carne suína deve ser muito bem passada. Isto não é necessário quando se compra uma carne de qualidade e de boa procedência. O Brasil possui uma suinocultura moderna e tecnologicamente avançada, o que garante a qualidade da carne suína brasileira. Para garantir a sua segurança, compre sempre carne inspecionada.

Mito: A carne suína é difícil de ser preparada.
Fato:
Preparar a carne suína é rápido e fácil. Tente um steak de 4 minutos! Sele o steak em uma frigideira média quente por 2 minutos, vire e sele o outro lado por mais dois minutos. Remova da frigideira, deixe descansar por 1 minuto. Sirva e aprecie o sabor e a suculência!

Mito: Carne suína só é boa para o assado de domingo.
Fato:
Carne suína assada (à pururuca) é a clássica combinação de carne suculenta com cobertura crocante – entretanto, carne suína é muito mais do que isso. É uma carne extremamente versátil, perfeita para churrasco, receitas rápidas e simples steaks, mas também a melhor carne para frituras, almôndegas, molho bolonhesa, entre outros pratos deliciosos.

Mito: Carne suína não vai bem com molhos diferentes.
Fato:
A carne suína vai fantasticamente bem com uma enorme gama de molhos e formas de preparo! A carne suína combina muito bem com molhos como ameixa, soja, ostra, chilli, molho inglês com gengibre. E é a única carne que realmente combina com deliciosos molhos de frutas como limão e maçã e também com mel! Por favor, confira nossas receitas para algumas sugestões de refeições deliciosas.

Mito: Carne suína está fora de moda.
Fato:
A carne suína é a escolha mais inteligente de refeição para a forma como levamos a vida hoje. Há cortes de carne suína que têm muito pouca gordura. Além disso, a carne suína é uma ótima fonte de nutrientes essenciais e combina com uma enorme variedade de sabores e formas de preparo.


  



Por equipe SNA/RJ


Fontes: http://sna.agr.br/mitos-e-verdades-sobre-a-carne-suina/